Um cenário ainda preocupante se apresenta para os profissionais que cuidam dos adolescentes brasileiros: em 2017, 480923 nascidos vivos de mães adolescentes (10 a 19 anos). Os números reais de gravidezes são, seguramente, maiores, quando se computam as gravidezes que resultaram em abortamento. Não menos preocupante é a situação das infecções transmitidas por via sexual (IST) entre adolescentes, que se apresentam em número crescente. Embora somente a abstinência garanta a ausência de qualquer tipo de risco relacionado ao sexo, a orientação que apenas nela se fundamenta mostra-se falha de acordo com as pesquisas mais recentes. Para os adolescentes que optam por iniciar a vida sexual, deve-se prover orientação preventiva pertinente, com a apresentação e a ampla oferta e discussão de métodos contraceptivos efetivos para a proteção dos adolescentes. Os serviços de saúde devem estar mais próximos aos adolescentes. O silêncio e o tratamento formal/protocolar e, evidentemente, as posturas julgadoras a respeito da sexualidade dos jovens tornam os serviços não amigáveis. Esses temas serão discutidos no Curso de Atualização em Medicina do Adolescente, do CAEPP, inscreva-se aqui!
Benito Lourenço
Presidente do Departamento de Adolescência da SPSP
Chefe da Unidade de Adolescentes do ICR-HCFMUSP
Coordenador do Curso de Atualização em Medicina do Adolescente CAEPP
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